Desde a inauguração do caminho de ferro que as Estações são locais de acolhimento, de partidas e chegadas de passageiros, desempenhando um papel determinante na vida das pessoas e nas suas rotinas.
O Edifício de Passageiros tradicional apresenta um corpo central de dois pisos, ladeado por outros dois corpos mais baixos, numa composição simétrica, sendo que o piso superior era destinado à habitação do chefe de estação.
Completavam a paisagem ferroviária característica o relógio da estação, as vedações, o jardim, e, por vezes, bairros e casas para o pessoal. O tradicional Largo da Estação é na maioria dos casos uma interface de transportes complementares.
Do ponto de vista da arquitetura, e salvo algumas exceções, as companhias ferroviárias optavam por modelos arquitetónicos estandardizados para obter uma economia de escala, adotando soluções que se repetiam quase sem variantes.
A fachada é sem dúvida a imagem da estação e é por isso que, na linguagem comum, se chama ao edifício de passageiros simplesmente ‘estação’.
Estas tipologias simples foram-se tornando mais complexas com o aumento da procura, obrigando à ampliação ou reconstrução de Edifícios de Passageiros, com maior oferta de serviços, como lojas, restaurantes ou hotéis.
A partir do final do século XX são construídas novas estações intermodais, suportadas por mais modernas tecnologias de exploração – sinalização, telecomunicações, eletrificação e traçado de via – e por novos materiais e novas técnicas de construção.