Em Portugal, o azulejo está presente na ferrovia e na rodovia, em edifícios e noutros locais, constituindo um património geograficamente disperso por 308 estações e apeadeiros, da autoria de diferentes artistas plásticos.
Existem diferentes tipos de azulejo: figurativos, de toponímia, em módulo-padrão, em composições de enxaquetados, animando o topo dos alçados dos edifícios, ponto quilométrico, entre outros.
São utilizadas várias técnicas de decoração (pintura manual, fotocerâmica, estampilhagem, estampagem e alto e médio-relevo) e diferentes técnicas de aplicação.
Têm sido desenvolvidas pela IP ações de conservação e restauro adotando metodologias e técnicas adequadas para trabalhos desta natureza.
SOS Azulejo
O protocolo de cooperação com a Polícia Judiciária para o Projeto SOS Azulejo estabelece formas de cooperação para a proteção mais eficaz do património azulejar da Rede Ferroviária Nacional.
A IPP foi reconhecida com o Prémio Intervenção de Conservação e Restauro SOS Azulejo 2013 pelo contributo para a valorização do património azulejar na reabilitação dos painéis das Estações do Pinhão e de Porto-São Bento, tendo também sido atribuído a esta estação o Prémio Brunel Awards 2014.
Em 2016 a IPP foi distinguida com o Prémio Boas Práticas SOS Azulejo pelo trabalho desenvolvido na preservação do património azulejar, pelas ações na área da segurança (inventariação – manutenção – proteção).
Em 2019-2020 (excecionalmente o Prémio foi bianual devido à pandemia) a IP foi distinguida com o Prémio “Intervenção de Conservação e Restauro” pelo trabalho “Linha do Oeste - Conservação e Restauro dos painéis azulejares das estações de Caldas da Rainha, Valado, Outeiro, Bombarral, Mafra, Leiria e Óbidos”. Os conjuntos figurativos intervencionados revestem os edifícios de passageiros maioritariamente ao nível do rés-do-chão e na zona das plataformas, representando uma iconografia e etnografia simples e direta – espaços bucólicos, figuras, monumentos, tradições e trabalhos campestres, perpetuando tradições e memórias das realidades regionais.
Mais informação sobre Prémios e Reconhecimentos:
Rotas dos Azulejos
Rota Autoria - Jorge Colaço
Para descobrir este extenso património azulejar artístico, histórico e cultural, foi criada uma rota de autoria do pintor Jorge Colaço (em parceria com a CP - Comboios de Portugal), que apresenta o seu trabalho em nove estações da Rede Ferroviária Nacional e algumas das antigas casas de cantoneiros.
Conheça também as "Memórias da Conferência Jorge Colaço. Conhecer, divulgar e preservar”, realizado no âmbito das Comemorações dos 150 anos do nascimento de Jorge Rey Colaço a 26 de fevereiro de 2018, no Museu de Cerâmica de Sacavém.
Rota Linha do Minho
Foi também criada mais uma rota para uma viagem virtual para conhecer o património azulejar, desta vez pela Linha e Ecopista do Minho.
Rota Linha do Norte | Lisboa Santa Apolónia - Carregado
No âmbito das comemorações dos 165 Anos do Caminho-de-Ferro em Portugal é apresentada mais uma Rota dos Azulejos, desta vez dedicada à Linha do Norte que convida à descoberta do extenso património azulejar, artístico, histórico e cultural entre Lisboa Santa Apolónia – Carregado, primeiro troço da ferrovia portuguesa.
A Linha do Norte, eixo estruturante da Rede Ferroviária Nacional, tem uma extensão de mais de 300 quilómetros entre as estações de Lisboa Santa-Apolónia e Porto Campanhã.
Rota Autoria - Gilberto Renda
Uma viagem virtual para conhecer o património azulejar, desta vez através da rota de autoria de Gilberto Renda, Mestre de pintura da Fábrica Sant’Anna, onde trabalhou desde anos 20 aos anos 70, do século XX, tendo obtido grande destaque na feitura de painéis de azulejo artístico.
Na obra “Aspectos Azulejares na Arquitectura Ferroviária Portuguesa”, trabalho fundamental que analisa a criação artística e decorativa azulejar mais significativa existente nas estações de caminho-de-ferro de Portugal, inventariam-se, deste pintor, perto de uma centena de painéis figurativos, produzidos na Fábrica Sant’Anna.
Rota Travessia Ferroviária Norte-Sul
Nesta viagem virtual iremos conhecer o património de 15 estações, pertencentes a diferentes linhas: Roma Areeiro, Entrecampos, Sete Rios, Campolide, Pragal, Corroios, Foros de Amora, Fogueteiro, Coina, Penalva, Pinhal Novo, Venda do Alcaide, Palmela, Palmela-A e Setúbal.
Este troço da infraestrutura ferroviária, que liga as duas margens do Tejo através da Ponte 25 de Abril, constitui um importante fator de coesão territorial: na área urbana da Grande Lisboa através das viagens pendulares, na Península de Setúbal com as deslocações regionais e a nível nacional, viabilizando as ligações de longo curso entre o norte e o sul do país.