Estação de Caminha

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A Estação de Caminha, inaugurada em 1878, está inserida numa zona de elevado valor patrimonial e cultural classificado como Conjunto de Interesse Público, e tem as suas paredes parcialmente revestidas com azulejos, valorizando-a estética, histórica e culturalmente.

Produzidos na Fábrica de Sant’Anna, Lisboa, na década de 1930, os painéis de azulejos são da autoria do pintor Gilberto Renda, e dividem-se por três conjuntos:

  • Conjunto A - 20 painéis figurativos distribuídos pelos alçados exteriores do edifício de passageiros, polícromos, historiados, com representação de cenas do quotidiano, costumes, ofícios, paisagens e monumentos do Alto Minho, emoldurados por elementos vegetalistas revivendo a época neoclássica;

  • Conjunto B – 15 painéis de azulejo de padrão que revestem as paredes da sala de espera. Este conjunto de composição vegetalista estilizada possui um padrão formado por módulos de quatro elementos orientados em sistema de rotação, sendo delimitado na parte superior e inferior por uma cercadura. Em quatro das paredes surgem ainda painéis de azulejos lisos brancos que foram utilizados como suporte de informação;

  • Conjunto C – 7 painéis de azulejo de padrão, tipo tapete, que revestem integralmente os alçados exteriores das instalações sanitárias. A composição é formada por dois motivos florais distintos, dispostos alternadamente, delimitados por um friso, também ele de motivo vegetalista.

O edifício de passageiros, com implantação lateral, conta com um corpo central de dois pisos, ladeado por outros dois corpos mais baixos, numa composição simétrica.

Com localização periférica relativamente ao núcleo antigo e a sudeste da vila, a Estação de Caminha está situada entre duas obras de arte de engenharia civil – um túnel e uma ponte, esta um exemplo da arquitetura do ferro, à semelhança da cobertura da plataforma da estação, com as famosas consolas conhecidas como “margaridas” por o seu núcleo ser constituído por um círculo preenchido com raios que desenham cinco pétalas.