O Centro Interpretativo do Vale do Tua (CIVT) é uma iniciativa da Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua (ADRVT), entidade que agrupa os municípios de Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Murça e Vila Flor, e que resulta das medidas de compensação da EDP para o território, decorrentes da construção do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua. O polo museológico, um investimento de cerca de dois milhões de euros, ocupa dois cais cobertos (armazéns ferroviários) desativados da Estação do Tua que foram reabilitados, tendo para o efeito sido estabelecido um contrato de subconcessão dos dois edifícios entre a IPP e a ADRVT.

Os dois imóveis do domínio público ferroviário, com uma área total de 809 m², situam-se na Estação do Tua, um de cada lado da Linha do Douro, ao km 139,828. Um edifício funciona como espaço de acolhimento e centro de promoção turística e o outro alberga a exposição museológica permanente e exposições temporárias num espaço polivalente. O CIVT é “um espaço de excelência para a preservação da memória do Vale do Tua, consagrando a Linha do Tua e promovendo a história deste território, a sua importância económica, social e cultural ”. Este espaço interpretativo pretende dar a conhecer o antigo vale antes da construção da barragem, quer na sua dimensão geológica e natural, quer na sua dimensão humana.

A Linha do Tua é um dos principais temas presentes e, segundo a ADRVT, pretende-se “levar o visitante a recordar o caminho de ferro e compreender a realidade local, podendo envolver-se com o sentimento dos habitantes pela perda do acesso ao comboio. A ligação entre a via-férrea e os residentes do Douro e Trás-os-Montes é o momento que se celebra”. Da autoria dos arquitetos Susana Rosmaninho e Pedro Azevedo, o CIVT. inaugurado a 21 de fevereiro de 2018, recebeu em dezembro de 2019 uma Menção Honrosa no âmbito do Prémio de Arquitetura do Douro por representar "um notável projeto de reabilitação, reutilização e valorização de icónicos armazéns devolutos ou abandonados".