O caminho de ferro uniu as margens do rio Douro através de uma Ponte que era, à época, a maior do mundo: 354 metros de comprimento, 4,5 metros de largura e 61 metros de altura.
Em 1863, o comboio já chegava a Vila Nova de Gaia vindo de Lisboa. Do outro lado do rio Douro, a cidade do Porto esperou por uma ligação ferroviária até ao dia 4 de novembro de 1877, dia da inauguração da Ponte Ferroviária D. Maria Pia, uma das obras de engenharia mais notáveis do século XIX.
Projetada pelos engenheiros Gustave Eiffel e Théophile Seyrig, a Ponte era a maior do mundo em ferro na época da sua construção. A Obra de Arte ligou as duas margens do rio Douro através de um tabuleiro com 354 metros de comprimento e 4,5 metros de largura. Com 61 metros de altura, foi assente em seis pilares sobre um arco com 160 metros de vão e 42,6 metros de flecha, formado por duas curvas parabólicas que, no topo, estão separadas por dez metros. Apoiada sobre rolos de fricção, a sua dilatação no sentido longitudinal é independente dos movimentos do arco.
Reconhecida pelo seu valor excecional, foi classificada como Monumento Nacional em 1982 (Decreto n.º 28/82). Mais tarde, a 24 de junho de 1991, com a inauguração da Ponte São João, a Ponte D. Maria Pia foi encerrada à circulação ferroviária, passando o testemunho à sua sucessora.
A sua construção não significou apenas uma conquista técnica, foi o elo que uniu a margem sul à margem norte do Rio Douro por via férrea, um símbolo de modernidade e de progresso que mudou a mobilidade das populações e a paisagem.
Erguida há 148 anos, a Ponte Ferroviária D. Maria Pia permanece como um símbolo intemporal do engenho humano, da beleza do ferro, da história e da memória da ferrovia que moldou o país e uniu margens, destinos e gerações.
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