Estação de Lisboa-Santa Apolónia

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A Estação de Lisboa-Santa Apolónia é a estação terminal da atual Linha do Norte e foi a primeira estação de comboios portuguesa.

Inaugurada a 28 de outubro de 1856, data da primeira viagem de caminho de ferro em Portugal, de Lisboa (Estação do Cais dos Soldados – como então se lhe chamou porque no local do cais das mercadorias existia na primeira metade do século XIX, mesmo junto do Tejo, um quartel de Artilharia, sendo esta área ocupada pelos soldados –, hoje Santa Apolónia) ao Carregado.

O conjunto de edificado encontra-se localizado na zona oriental de Lisboa, tendo sido implantado numa estreita faixa de terreno, à data da sua construção, entre o rio Tejo e o casario, antes da construção do aterro para a Av. Infante D. Henrique no início do século XX.

O atual edifício de passageiros foi construído a poente do antigo Convento de Santa Apolónia – onde funcionaram instalações provisórias para passageiros e mercadorias – no Largo dos Caminhos de Ferro, frente ao Museu Militar. A autoria do projeto original coube aos engenheiros Angel Arribas Ugarte, João Evangelista Abreu e Lecrenier, tendo o edifício sido concluído em 1865. A construção coube à empresa francesa de C.A. Oppermann e foi dirigida pelo engenheiro Agnés. Custou na altura 255.164$000 réis, o equivalente a pouco mais de 1 euro e 27 cêntimos.

O edifício de passageiros, de topo e de nível, com tipologia em “U”, tem a fachada principal, simétrica, em estilo neoclássico: decoração das sacadas, o frontão e a arquitrave, os arcos de volta perfeita e a saliência no corpo central do módulo principal. A nave tem perto de 120m de comprimento, 25m de largura e tinha uma altura máxima de 13m, antes do acrescento de um piso nos primeiros anos do século XX. Os materiais utilizados na sua construção foram alvenaria de tijolo, cantaria de calcário, ferro forjado, madeira de pinho e vidro.

A partir de 1998 Santa Apolónia sofreu com a concorrência da nova Estação do Oriente, construída por ocasião da Expo’98, mas a 19 de dezembro de 2007 ganhou uma nova centralidade com a inauguração da interface com o Metropolitano da capital.


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